Mercearias e mercados de bairro respondem por 33% do total de pontos de venda no Brasil

Lojas de menor porte, em sua maioria, possuem até 30 metros quadrados de área disponível para estoque


23/06/2025 10h46

Os canais de varejo tradicionais (mercearias) e autosserviço independente (pequenos supermercados) respondem por 33% do total de pontos de venda (PDVs) no Brasil, que são 1,5 milhão no total. De acordo com pesquisa da consultoria Nielsen IQ lançada na segunda-feira, 16, pela Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), durante evento em Atibaia (SP), essas lojas também são responsáveis por 30% do faturamento total do setor.

Maior canal em número de PDVs, com 416 mil lojas (28%) espalhadas pelo território nacional, as mercearias representam 11% do faturamento obtido anualmente pelo comércio. São lojas com tamanho médio de 45 metros quadrados e geralmente dois funcionários no balcão. Já os pequenos supermercados, com 5% do total de PDVs, compõem 19% do faturamento. Na categoria de varejistas que não compõem redes e são de menor porte (ou AS Independente), as áreas de venda têm, em média, 300 metros quadrados, onde costumam trabalhar sete funcionários.

A questão do estoque é um gargalo do segmento, pois não são todos os pequenos supermercados que possuem área destinada, e tamanho suficiente, para abrigar o estoque. Segundo o estudo, apesar de 74% dos respondentes afirmarem ter algum local específico para guardar os itens estocados, 37% deles possuem até 30 metros quadrados para este fim. Na sequência (32%) possuem áreas de até 100 m².

 

Encomendado pelo setor atacadista, o estudo da NielsenIQ destaca que o abastecimento desses estabelecimentos é o principal desafio enfrentado pelo pequeno varejista, uma vez que eles têm pouco espaço disponível para armazenar os produtos. “O abastecimento precisa ser prático, rápido e ter preços atraentes”, informa o estudo. “Afinal, sem produtos com bons preços e que são procurados pelos clientes, a loja não terá um bom resultado.”

Segundo a NielsenIQ, o “abastecimento por emergências” é o caso mais típico entre os supermercados de bairro e mercearias, isto é, 60% dessas lojas só fazem compras no atacado conforme a necessidade imediata dos produtos; 26% mantêm listas fixas e periódicas de compra; e 13% realizam as compras quando recebem representantes de venda dos atacadistas. Dessa forma, a maioria (48%) se abastece uma vez por semana, enquanto 4% o fazem todos os dias e 7%, uma vez por mês.

A decisão pelos fornecedores se baseia em três princípios: preço, confiança e urgência. A pesquisa destaca que “44% das decisões sobre a quantidade a ser comprada são baseadas nas promoções disponíveis”. Metade das decisões sobre este ou aquele fornecedor se baseia no preço oferecido. “Falta de bom relacionamento é o principal motivador para desconsiderar o fornecedor.”

Com informações de Agência DCNews

Fonte: Mercado e Consumo


Avança Varejo


1

Dúvidas? Chame no WhatsApp