Comércio digital registrou queda de 6,8%
12/08/2025 13h40
Puxado pelo comércio físico, as vendas do varejo brasileiro cresceram 2,4% em julho, em relação ao mês anterior. Cinco dos oito segmentos analisados pelo Índice do Varejo Stone (IVS) registraram crescimento em julho. Já em relação ao mesmo período do ano anterior, houve queda de 1,1%. Já o comércio digital registrou queda de 6,8% No comparativo anual, apresentou retração de 18%.
Os resultados foram liderados pelo setor de Material de Construção, com alta de 3,8%, seguido por Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (1,2%), Artigos Farmacêuticos (1,1%), Combustíveis e Lubrificantes (0,8%) e Tecidos, Vestuário e Calçados (0,7%).
Já o setor de Livros, Jornais, Revistas e Papelaria registrou queda de 3,6%, enquanto o setor de Móveis e Eletrodomésticos registrou queda de 0,2%. Por fim, o setor de Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo apresentou estabilidade no mês, com variação de 0,0%.
“O crescimento das vendas em julho indica uma recuperação parcial da atividade varejista, influenciada pela resiliência do mercado de trabalho, que continua sustentando o consumo. Ainda assim, é importante destacar que o nível de atividade do comércio permanece abaixo do observado em 2024, o que reforça o cenário de desaceleração da economia”, afirma Guilherme Freitas, economista e cientista de dados da Stone.
No comparativo anual, o setor de Combustíveis e Lubrificantes foi o único que obteve crescimento entre os segmentos analisados, com alta de 1%. Entre os resultados negativos, o segmento de Móveis e Eletrodomésticos, registrou queda de 8%, seguido por Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (3,1%), Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (2,4%), Material de Construção (1,5%), Tecidos, Vestuário e Calçados (1%), Artigos Farmacêuticos (0,2%) e Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (0,1%).
“O dado positivo deste mês é relevante, mas ainda insuficiente para reverter a tendência de desaceleração que temos acompanhado ao longo do ano. Será preciso observar os próximos meses para avaliar se estamos diante de uma inflexão consistente, com o início de um período de crescimento mais forte do varejo, ou apenas de uma oscilação pontual”, destaca Freitas.
No recorte regional, apenas nove estados apresentaram crescimento no comparativo anual: Acre (6,5%), Tocantins (6,4%), Mato Grosso (4,2%), Amapá (3%), Roraima (2,2%), Pará (0,9%), Paraíba (0,7%), Rondônia (0,6%) e São Paulo (0,2%). Todos os demais registraram retração, com destaque para o Rio Grande do Sul, que teve a maior queda, de 7%, seguido por Amazonas (4%), Rio Grande do Norte (3,7%), Maranhão (3%), Mato Grosso do Sul (2,7%), Santa Catarina (2,5%), Paraná (1,6%), Bahia (1,5%), Alagoas, Sergipe e Rio de Janeiro (1,4%), Ceará e Distrito Federal (1,2%), Pernambuco e Goiás (0,9%), Minas Gerais (0,8%), Piauí (0,4%) e Espírito Santo (0,2%).
“Na análise regional, o Norte foi o grande destaque do mês, com desempenho amplamente positivo no comparativo anual, indicando uma dinâmica de consumo mais aquecida. O Centro-Oeste também mostrou sinais favoráveis, enquanto o Sudeste teve um comportamento mais equilibrado, com variações discretas. Já as regiões Sul e Nordeste registraram queda generalizada nas vendas do varejo, refletindo um ambiente econômico ainda desafiador nessas localidades”, explica o economista e cientista de dados da Stone
Fonte: Mercado & Consumo.
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